20090315

Maneira de ser.

Eu tenho que abandonar algumas das minhas manias.
Começando pela minha obsessão por convencer as pessoas que eu não ligo para nada.Lembro-me bem de como esse meu 'way of life' progrediu, desde a infância. Certo dia, eu estava correndo pelo pátio do Torricelli (onde eu estudei até a 8ª série.) com as minhas amiguinhas e senti uma vibe 'paquera' no ar entre dois coleguinhas. Passado o pique-pega, fomos todos esperar nossas mães nos apanharem na saída, até que minha grande e rápida língua não se conteve e logo começou a 'vomitar' rápidamente as seguintes palavras para a mãe da minha amiga: "A Dani gosta do Caio, Tia!". Nesse exato momento fui acometida de um golpe certeiro que me levou ao chão, imobilizada. Cinco segundos depois, eu estava sendo estapeada pela mesma amiga. Fato é que passados mais 3 segundos eu estava rindo e abraçando ela como se nada tivesse acontecido. Por que eu não reagi? Reclamei? Revidei?
O que parece uma virtude em alguns casos pode parecer um problema em outros assuntos, principalmente nos de cunho sentimental.
Hoje estive pensando que eu faço muito o estilo "deixa a vida me levar, aceitando o que ela tem a oferecer." Em muitos casos isso foi interpretado como omissão, falta de apreço, descompromisso ou simplestemente 'não gostar o suficiente'. Já ouvi muitas reclamações sobre o meu jeito de ser, meio frio e desligado, mas isso não quer dizer que eu não me importe.
Estive avaliando alguns dos meus comportamentos e, até que faz bastante sentido as pessoas acharem que eu não as valorizo. Eu acho que eu me acostumei com a minha postura de menina forte e desprendida de tudo. É bem mais fácil passar essa imagem de maturidade e de compreensão, do que realmente expor o que eu sinto de verdade. Eu prefiro ser essa garota aparentemente vazia, volúvel e líquida do que a menininha bobinha, cheia de vontades.
O que acontece é que agora eu me importo de verdade, e não sei muito o que fazer.Só queria que as pessoas soubessem o quanto elas são importantes pra mim e que eu faço muita questão de mantê-las sempre por perto.

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