20091026

Não é que eu ache que você vá me enganar, não, tente me entender, é medo. Medo do que isso possa se transformar. Medo de mim, que não sei exatamente o que carrego no peito. Escute, eu não conheço a vida que você leva, não sei seus costumes, seus hábitos, por favor, não me peça que confie totalmente... Isso eu não consigo. Não, não, me escute, não tô te acusando, nem dizendo que você vai mesmo mentir pra mim, que vai me enganar; tô te dizendo que tenho medo. Os amores, os sentimentos... eu conheço os meus, apenas. Já chorei, já sofri, não quero isso outra vez. Me deixe tentar te explicar o meu medo, ouça: acho que vou te querer, enquanto você me quiser, mas ao mesmo tempo que quero, sinto esse tal medo se agarrar nas minhas canelas. Só o que te prometo é que quando o meu medo passar, eu caso com você. E se você não me fizer o pedido, eu faço.

20091022

Nós éramos apaixonados em todos sentidos.
Deixamos a escola, juntos.
Volte para perto de mim.
Agora nem mesmo posso lembrar de seu rosto.
Antes de conhecê-lo, eu estava triste.

E será que posso segurar você uma última vez?
Pra lutar contra o sentimento,

Que está crescendo em minha mente.

20091019

Eu juro eu não sou mais assim
Com medo de me envolver
Com medo de me entregar
Com medo de te merecer
Juro que não foi em vão
Juro que eu vou ser melhor
Juro que eu posso mudar
Eu não sou mais assim
Não não não


Moptop - Malcuidado
eu quero é não deixar nada mais
que as cinzas de um cigarro,
e a marca de um abraço
no seu corpo.

não.

não sou eu quem vai ficar no porto chorando, não.
semente,

plenitude sem formigação.

(vai durar)

por enquanto,
olhas pra ti,
e te amas.

é o que está certo.

20091016

"Ele ligou. O que é que eu faço?"

E a única resposta em que consigo pensar é LIGA DE VOLTA.
Isso, se a vontade for maior que o orgulho, for maior que o receio.
Se não for, já perdeu a graça.
Mas, enquanto o nome dele nas ligações perdidas do celular, fizer o coração acelerar e as pernas tremerem, liga.
Liga de volta.
Arrisca e petisca.

20091014

Dias ruins me aflige, me revira, me liberta para os meus demônios. Ingratidão me magoa e fere dentro de mim. Casa por limpar me joga diante da televisão e de pacotes de bolacha, por prazos indeterminados, até a chegada de visistas ou de baratas. Música errada no momento certo me tira do sério. Pessoa certa no momento errado também. E vice versa.

20091013

Solta a minha mão.

Você não me conhece, nunca me conheceu.
Era preciso muito mais tempo.
Muito mais tempo e muito mais sal.
Era preciso vontade de se entregar.
Era preciso vontade.
E não houve.
Não o bastante.
Eu sei e você sabe.
E por mais que você conte outra história por aí, seu coração sabe que é verdade.
Então, pára.
Acho que o tempo de confundir, de aumentar, de inventar, acabou.
Não adianta continuar me olhando, sem me ver.
Você nunca me viu.
Você nem sequer tentou.
Criou essa personagem em mim: feia, malvada, egoísta, cruel, mas sei que a carapuça não me serve!

20091012

bomba atômica por dentro!

20091008

"Sofia, larga essa porra!
Você está fumando na chuva!"
Eu sei, me acham louca!
Mas é que eu gosto de fumar na chuva.
O jeito que a fumaça se funde com a água...
Eu acho lindo.
"Sai da chuva, você vai ficar doente!"
Doente? Doente é o meu espírito!
É que eu gosto de ver a chuva cair de perto,
E sentir que ela toca minhas roupas
E nunca me molha.
Ver que o meu cabelo bagunça.
E que mesmo assim eu sou feita de algo sólido.
Então porque é que eu desmorono?
Porque é que me derrubam?
A minha solidez é plástica,
Vai embora com fogo,
E com qualquer coisa que emane calor.
Real mesmo é a minha solidão.
Porra, dói saber a verdade!
E mesmo que eu peça e quase implore,
Ninguém pára de tocar aquela música triste.

É o último dia de aula,
As pessoas choram, vão sentir saudade.
Eu acho suas lágrimas e suas saudades falsas.

Um menino tenta tirar de mim o papel no qual escrevo,
Eu quase choro!
E não, não é de vergonha.
Mas como ele poderia saber como eu me sinto?
As mãos foram trocadas por músculos.
E eu não sinto mais nenhum dos dois.

Ouço uma voz falar que Jesus não chora.
Então porque eu?
Onde está a fiel semelhança?
Eu me canso, juro!
Chorar dói, eu não me acostumo.
Quando, por deus, hei de me acostumar?
É que hoje descobri que não tenho mais com o que me importar.

Foi-se as ambições.
Todas idas pra longe.
A falta e o excesso de pensamentos doem.
Não tanto quanto a sua falta, enfim...
Até a frequência dessa palavra me assusta.
Me desarmaram com um sorriso, ou dois.

Eu me torno usual, habitual.
Hábitos ruins não morrem facilmente.
Mas a tristeza é fácil quando se torna diária.
É usual, é habitual.

20091006

Coração de Porco

É constante. Só a dor é constante. Amortece-me continuamente o desequilibrio natural da condição humana. Desespero, sofro e vejo-me tão igual ao que era que não tenho qualquer medo que não tenha experimentado antes. Até morrer, que nós morremos tantas vezes. Eu perdi a conta. O amor rima tanto com dor que dá ódio. Todos os pronomes pessoais me irritam. Todos. Menos tu. A ti que eu adulo com uma sede de quase dois anos. Eu sei do mundo pelas tuas mãos. Agora quando saio à rua, perco-me na tua ausência na minha mão direita. Peito esquerdo e mão direita vazios. Tu sabes encher-me. Eu sou incompleta e tu sopras-me como se fosse um balão de ar quente e eu incho tanto contigo. Ego. Egocentrica eu sempre fui. Nada mais. Eu preencho horas de almoço com o teu nome. Eu preencho todas as horas com o teu nome. Merda. Eu fico só com a merda do teu nome quando fores. A merda do teu nome a esfaquear-me a merda do cérebro. Eu já nem sei do coração. Há qualquer coisa que dói. Deve ser o coração. Ele dói, dói como se fosse um porco em hora de matança. Odeio-o tanto. Ao coração, não ao porco. Eu de porcos entendo pouco, como entendo de quase tudo, tão pouco. Eu entendia o teu nome, a tua voz. Entendia-te. Somente. E era tanto...
um dia me lembro ter ouvido você dizer, que a vida não acompanha a intensidade dos desejos. é!

20091002

Será que eu já posso enlouquecer?
Ou devo apenas sorrir?
Não sei mais o que eu tenho que fazer
Pra você admitir
Que você me adora

Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber