20090908

Giz.

Como um giz se quebrando ao meio, metade minha, metade sua.
Dói te amar, assim como dói a tua ausência, como dói teu sorriso, como me dói tuas lembranças.
Hoje sou um museu de lembranças intensas e avulsas.
Arde seu silêncio, ardem em mim todas as suas atitudes, ardem meus dedos ao escrever bem como meus pensamentos.
É só a tua falta que eu reclamo!
Te querer aqui já é como respirar, e eu sufoco minha alegria todos os dias.
Minha existência é mecânica, sistêmica.


E eu te quero longe, porque se perto eu não te terei, prefiro amar sua ausência.
Se de perto tenho de me calar, prefiro gritar meus descontroles sem que você possa ouvir.
Se teu silêncio é a única coisa que podes me oferecer, prefiro que não existas assim, prefiro viver na esquizofrenia porque é nela que sou mais feliz, é nela que te tenho e nela rego meu amor por ti sem consumi-lo, e ele cresce, só faz crescer.


Eu risco na alma paredes entre nós, e em nós o amor intenso que você rejeitou.
O meu giz que eu na inocência dividi contigo e que você gastou em palavras incoerentes.
É finda a concepção de outrora, é infinito apagar e riscar mundos distantes e belos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário