20090909

Não Para de Dançar..

Ela tem um óculos e um chapéu. Espera o seu amor para levá-lo céu. Já caiu de joelhos, e se levantou. Gosta de vinho doce, e por alguém já chorou.
Às vezes está um pouco pra baixo. Melancólica, quer um abraço. Tem um vestido estilo Carmen Miranda. Trabalha duro feito boi de cana.
Mas ela não para de dançar. Oh, de dançar, oh yeah. De dançar, ela não para de dançar
Acorda cedo toda manhã. Acende um cigarro e quer um divã. Gosta de rolar em sua cama. De comprar roupas toda a semana.
Às vezes quer fugir do mundo moderno. Das pessoas e do inverno. Acha a sua geração um tédio. Que a revolução é pichar os prédios.
Mas ela não pára de dançar. De dançar, oh yeah. De dançar, oh de dançar
Ela corre contra o tempo. Pois vive intensamente. Com o sua carinha desvairada. Inconsequente.
De dançar. Ela não pára de dançar. Ela não pára de dançar. Ela não pára de dançar!

Identidade.

20090908

Giz.

Como um giz se quebrando ao meio, metade minha, metade sua.
Dói te amar, assim como dói a tua ausência, como dói teu sorriso, como me dói tuas lembranças.
Hoje sou um museu de lembranças intensas e avulsas.
Arde seu silêncio, ardem em mim todas as suas atitudes, ardem meus dedos ao escrever bem como meus pensamentos.
É só a tua falta que eu reclamo!
Te querer aqui já é como respirar, e eu sufoco minha alegria todos os dias.
Minha existência é mecânica, sistêmica.


E eu te quero longe, porque se perto eu não te terei, prefiro amar sua ausência.
Se de perto tenho de me calar, prefiro gritar meus descontroles sem que você possa ouvir.
Se teu silêncio é a única coisa que podes me oferecer, prefiro que não existas assim, prefiro viver na esquizofrenia porque é nela que sou mais feliz, é nela que te tenho e nela rego meu amor por ti sem consumi-lo, e ele cresce, só faz crescer.


Eu risco na alma paredes entre nós, e em nós o amor intenso que você rejeitou.
O meu giz que eu na inocência dividi contigo e que você gastou em palavras incoerentes.
É finda a concepção de outrora, é infinito apagar e riscar mundos distantes e belos.
Coloquei meu óculos escuro numa dúzia de garotos.
E odeio confessar, que ele fica muito melhor em você!

Nem meu rosto inchado de mágoa

Novamente, eu perdendo meus preciosos minutos para escrever nessa caixa quadrada.
Como a vida pode ser destrutiva para os quais não sabem aproveitá-la, e admito, sou a rainha deles hahahaha.
Odeio falar sobre isso, odeio falar como a ilusão é algo que machuca profundamente todo nosso espírito e o faz sangrar, nos faz desistir de andar de olhos fechados... mas a melhor sensação é essa!
Olhos fechados, nunca saber pra onde estamos indo... como posso estar com metade de um olho aberto? Como se eu estivesse desconfiada... odeio isso!
Odeio essa merda de ilusão, odeio essa minha fraqueza.
Mais uma vez, digo, sinto um aperto forte aqui dentro, uma vontade imensa de chorar, e uma necessidade de esquecer de tudo.
Detesto sentir isso cara!
Enfim.. ainda fico pensando.. agrh!

20090904

"Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu."

Se eu respiro..

Cansa.
Fazer que não vejo,
Fingir que não ligo,
Cansa.
Rever a lista de prioridades,
Não pensar no próprio umbigo,
Mesmo ouvindo que não é nada disso,
Mesmo insistindo que é besteira.
Cansa,
Esbarrar a todo instante,
Sorrir amareladamente,
Manter a serenidade
E a vida continuar.
Cansa,
Ouvir as palavras
Retificadas nos seus gestos.


Preciso tomar ar...
Eu não me importo e se eu tiver de ler os seus livros
Porque eles me lembram de você.
E aprender suas notas,
Para poder ter uma pista.
E assistir os seus filmes,
Então eu saberei através deles.
E eu vou fazer as coisas que me lembram você.

E eu vou lavar meu cabelo com o seu xampu.
E eu vou comprar o seu perfume,
E espirra-lo pelo meu quarto.
E eu vou fumar seus cigarros,
Só assim eu vou morrendo também.
E eu te chamo..