20090205

No domingo, elas arrumaram na mesa o almoço requintado que haviam encomendado, com uma garrafa de champanhe gelada.
E ficaram esperando pela chegada de Alfred, na maior ansiedade.
A campainha tocou às duas horas da tarde, e Paige correu para abrir a porta.
Lá estava Alfred. Com uma aparência cansada, um pouco mais magro. Mas era o seu Alfred.
Havia uma morena ao seu lado, que parecia estar na casa dos trinta anos.
- Paige! - exclamou Alfred.
Paige abraçou-o.
Depois virou-se para Honey e Kat e disse, orgulhosa:- Este é Alfred Turner. Alfred, estas são minhas colegas de apartamento, Honey Taft e Kat Hunter.
- Prazer em conhecê-las.
- Alfred virou-se para a mulher ao seu lado. - E esta é Karen Turner. Minha esposa.
As três ficaram congeladas.
- Esposa ? - balbuciou Paige.
- Isso mesmo. - Ele franziu o rosto.
- Você não... não recebeu minha última carta ?
- Carta ?- Mandei há várias semanas.-
Não...- Oh... Sinto muito. Expliquei tudo na carta... mas, se não recebeu... - A voz dele murchou. - Sinto muito, Paige. Passamos tanto tempo separados que eu... conheci a Karen... e sabe como é...
- Sei como é - murmurou Paige, atordoada.
Ela virou-se para Karen e forçou um sorriso. - Eu... espero que você e Alfred sejam muito felizes. - Obrigada.
Houve um silêncio constrangido.
Karen rompeu-o: - Acho melhor irmos embora, querido.
- Também acho. - declarou Kat.
Alfred passou os dedos pelos cabelos.
- Sinto muito, Paige. Eu... hã... adeus.
- Adeus, Alfred.
As três ficaram paradas, observando os recém-casados se retirarem.
- Mas que filho da puta! - exclamou Kat.
- Como pôde fazer uma coisa assim ?
As lágrimas afloraram aos olhos de Paige.
- Eu... ele não tinha a intenção... deve ter explicado tudo na carta...Honey enlaçou Paige.
- Devia haver uma lei determinando que todos os homens fossem castrados.
- Farei um brinde a isso - disse Kat.
- Com licença - murmurou Paige.
Ela correu para seu quarto, fechou a porta.
Não saiu pelo resto do dia.

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